Eu vou de déu em déu e nenhuma fronteira
Me impede passagem pra outro lugar
Vou de mar em mar
Se às vezes rede engancha e me traz à tona
Eu me perco, sem jeito, no seco do ar
No oco vazio do ar
Eu sou homem de mar
Denso e escuro sonar de sons
Sou esquecido demais,
amanhã o mesmo é novo, de novo, de novo, de novo...
Homem-rã,
Diz qual bicho te ensinou a nadar
Bicho nada,
O meu mestre é o balanço do mar
Homem-rã,
Pra que Norte você vai navegar?
Mas que Norte?
Vou pra onde a corrente levar,
Vou com as ondas do mar
Auras multicolores transcendem até pouco abaixo da superfície
e absorvidas no oblívio abissal do profundo buraco do mundo:
multiversal atômico caos medular e primordial